Imagens de Satelite 60i2i
Conjunto de cachoeiras e piscinas naturais ao pé da serra, a 5 km de São Roque de Minas. o a partir da estrada do Parque Nacional, portaria 1.
A origem do nome tem a ver com a época dos quilombos que existiram em toda a região da cabeceira do São Francisco. A palavra “forro” viria de alforria e “capão” significa mata. Tradução: mata do liberto ou do escravo livre. A área engloba 2 fazendas e há 2 trilhas principais: a que leva à Cachoeira do Mato e a Trilha da Picareta, que leva ao camping do mesmo nome, na Fazenda do Chico Chagas.
Há outras duas cachoeiras mais próximas, de fácil o a partir da entrada principal. É o lugar mais freqüentado depois do Parque Nacional e em feriados às vezes fica cheio demais.
Horários de atendimento:
Localizado a cerca de 500 metros da portaria 1 do Parque Nacional, o Centro de Visitantes tem auditório, pequena biblioteca, exposição de fotos, rochas e outros materiais. O material fornece boas informações gerais sobre o Parque Nacional da Serra da Canastra e outras unidades de conservação. Há também painéis com dados de pesquisas realizadas sobre a fauna e a flora no Parque. Um monitor do Ibama acompanha a visita e informa sobre as normas de visitação.
A nascente fica num lindo vale a 1300 metros de altitude e a 6 km da portaria 1 pela estrada que atravessa todo o Parque. Uma placa de pedra indica o lugar onde o “velho Chico” começa a longa viagem de quase 3000 quilômetros até o litoral do Nordeste. A nascente não está claramente definida, mas é formada por dois pequenos córregos que surgem no meio de um charco. É um lugar singelo, com um pequeno capão de mata, uma ponte de madeira sobre o rio e, além da placa, uma trilha de pedras que leva até o monumento erguido na época da criação do Parque: um cercado de pedras emoldurando uma estátua de São Francisco. Aos pés da imagem é reproduzida a famosa oração numa placa de granito.
Embora já incorporado à paisagem depois de décadas, o monumento tem gosto duvidoso, causa impacto devido à localização no meio do charco e já foi vítima de vandalismo. O crucifixo que havia numa das mãos da imagem desapareceu em 1999 e nunca foi reposto.
É uma boa amostra de uma das tradições mais notáveis da Canastra: os muros de pedra construídos sem argamassa. Nesse caso, as pedras constituem um imenso e bem preservado curral de formas arredondadas e com dois ambientes, construído para manejo do gado. É um muro “drobado” (dobrado), com imensos blocos de pedra arrastados com a ajuda de carros de bois. Preste atenção à parte menor e mais redonda do curral, de construção perfeita, e aos interessantes mourões de pedra na entrada dele. Outro detalhe é o aproveitamento de um muro natural que economizou pedra e mão-de-obra na construção do curral.
Também conhecido como Retiro dos Posses (nome de família dos antigos proprietários), o Curral de Pedras é o que restou de um antigo “retiro”, fazenda de uso temporário, geralmente no verão, quando o gado de leite era levado das partes mais baixas da serra o chapadão, planalto que caracteriza o alto da serra, onde desfrutava de melhores pastagens. Devido à destacada altitude em relação ao chapadão, o Curral de Pedras também é ótimo local para observação do pôr-do-sol.
A maior atração da Canastra pode ser visitada pelo alto da serra ou por baixo, em ambos os casos com o relativamente fácil por estradas de terra.
Na parte alta, a 38 km de São Roque de Minas, há o cânion que o rio São Francisco forma para descer a serra, 14 km após a nascente. Tem uma incrível seqüência de cachoeiras e piscinas naturais, algumas iníveis. Há um mirante de onde é possível avistar parte da queda principal, a imensa piscina formada embaixo e o curso do rio até a primeira curva rumo ao Nordeste. O desnível superior a 300 metros proporciona uma das mais lindas vistas panorâmicas da região. O local está todo sinalizado pelo Ibama e é fácil pegar a trilha de 3 km para ir até a parte de baixo. São cerca de 4 horas de caminhada, em média, para ir e voltar. Para iniciar a caminhada, assim como contemplar parte do cânion e chegar ao mirante, é preciso atravessar um córrego que pode ficar perigoso em dias de chuva.
Para chegar de carro à parte de baixo, o visitante deve seguir de São Roque de Minas até a portaria 4 do Parque Nacional, ando pela cidade de Vargem Bonita e pelo povoado de São José do Barreiro (distrito de São Roque de Minas), num percurso total de 40 km. Para ter a aproximação máxima da cachoeira, é preciso deixar o carro no estacionamento e caminhar cerca de 15 minutos por uma trilha no meio da mata ciliar. Preferia fazer a visita, tanto na parte baixa quanto na alta, o mais cedo possível. Em feriados, os dois lugares ficam superlotados depois das 10h00.
A Cachoeira Casca D’Anta tem queda livre de 186 metros. O nome vem da árvore Casca D’Anta (Drimys winteri) que, por sua vez, foi assim batizada porque que tem propriedades medicinais, cicatrizantes. Segundo os pesquisadores, a anta se esfrega no tronco da árvore para curar ferimentos superficiais.
Uma placa e um trevo indicam o caminho até a parte alta da Cachoeira dos Rolinhos, um dos lugares mais visitados da Serra depois da nascente e da Cachoeira Casca D’Anta. O percurso de 10 km, acidentado na época do verão, é também um ótimo eio para quem quiser uma amostra completa da flora do Parque, com campos limpos, cerrado e matas de galeria. Com um pouco de sorte, o visitante verá também alguns dos animais típicos da região: tamanduá-bandeira, lobo-guará e veado-campeiro.
A Cachoeira dos Rolinhos, com cerca de 300 metros, é a maior da Canastra, mas é impossível avistá-lo da parte alta do Parque (para parte baixa ver Áreas Particulares, nos tópicos abaixo). Mesmo assim, o lugar é de uma incrível beleza, a começar por uma cachoeira menor, formada cerca de mil metros antes, conhecida como do Colibri ou Rasga Canga. Há também várias piscinas naturais boas para banho e até mergulho livre. Em feriados prolongados, procure chegar cedo para não ser incomodado pelo excesso de gente. Importante: ao menor de chuva nas cabeceiras do rio, o local deve ser abandonado, principalmente se você resolveu fazer a trilha que leva da piscina natural até a parte baixa da Cachoeira Rasga Canga, já que é preciso atravessar o rio na ida e na volta.
Na parte onde começa propriamente a formação da Cachoeira dos Rolinhos, dependendo do volume d’água, o rio se divide em até 3 partes para despencar da serra. Quando ocorrem as “enchentes” (o equivalente äs trombas ou cabeças d’água), há uma quarta agem conhecida como cachoeira seca. O lugar é muito bonito, porém perigoso, principalmente no verão, devido à necessidade de atravessar o rio. A direção do Parque Nacional proibiu o o a essa área.
A 43 km de São Roque de Minas, a Garagem de Pedras se destaca num mirante natural de frente para a serra paralela à Canastra, a Babilônia. Entre as duas serras está o imenso Vale dos Cândidos, nome emprestado da família proprietária da antiga fazenda onde está a garagem. A casa-sede da fazenda fica a cerca de 2 mil metros, no pé da serra, e foi restaurada para servir de abrigo a pesquisadores. O o de carro, quase impossível devido às pedras e à falta de manutenção, está proibido pelo Ibama.
A garagem foi construída para facilitar o o à fazenda quando os donos compraram o primeiro carro. Ao chegar à garagem, o dono soltava rojões e os empregados despachavam cavalos encilhados serra acima para que quem chegava não precisasse descer a pé.
Localizado a 50 km de São Roque de Minas, 95 km de Araxá e 106 km de Sacramento, o distrito de São João Batista mantém características regionais bem preservadas. O pacato vilarejo é porta de entrada para o Parque Nacional da Serra da Canastra – Portaria 2 e conta com duas belas cachoeiras, a Cachoeira da Gurita e a Cachoeira do Lava-pés. Além dos atrativos naturais, São João Batista foi ponto de agem de diversos tropeiros ao longo dos séculos e ponto estratégico na colonização do Brasil Central, sendo possível observar na arquitetura de algumas construções um pouco mais desta história.
A portaria 3, a 78 km de São Roque de Minas, é o o ao Parque Nacional mais utilizado por quem sai da região do Triângulo Mineiro. O trecho entre o trevo para São João Batista e essa portaria não tem atrações de destaque, mas vale o eio para quem estiver interessado em maior observação da fauna e flora. Há longas extensões de campos rupestres com flores e trechos de um cerrado mais vigoroso. Como há menor circulação de veículos, aumentam também as chances de avistar animais.
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Conjunto de cachoeiras e piscinas naturais ao pé da serra, a 5 km de São Roque de Minas. o a partir da estrada do Parque Nacional, portaria 1. A origem do nome tem a ver com a época dos quilombos que existiram em toda a região da cabeceira do São Francisco. A palavra “forro” viria de alforria e “capão” significa mata. Tradução: mata do liberto ou do escravo livre. A área engloba 2 fazendas e há 2 trilhas principais: a que leva à Cachoeira do Mato e a Trilha da Picareta, que leva ao camping do mesmo nome, na Fazenda do Chico Chagas. Há outras duas cachoeiras mais próximas, de fácil o a partir da entrada principal. É o lugar mais freqüentado depois do Parque Nacional e em feriados às vezes fica cheio demais.
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Área particular inabitada a 500 metros da portaria 1 do Parque. Os proprietários permitem acampamento no local, que possui várias piscinas naturais de pequena profundidade. Tornou-se um reduto de camping selvagem e às vezes o lugar fica superlotado. O nome vem de um acidente: uma caminhonete sem freios saiu da estrada nesse ponto e rolou ribanceira abaixo.
A área pertencente à Cooperativa Agropecuária de São Roque de Minas é também conhecida como Lagoa dos Patos, uma referência a uma pequena lagoa que teria secado. O nome Poço das Orquídeas já é resultado das primeiras explorações eco-turísticas da região e faz referência à maior atração da imensa fazenda de quase 560 hectares: uma piscina natural arredondada, com praia de cascalho, pequena cachoeira e muitas árvores com orquídeas. A fazenda faz divisa com o Parque Nacional e o o é através da Fazenda Bicame (o nome significa bica d’água e é uma referência ao sistema de abastecimento da cidade de São Roque de Minas). A trilha até o Poço das Orquídeas a pela formação rochosa conhecida como Pedra Gigante, vários mirantes e nascentes, tudo numa paisagem de campos limpos. Em dias de neblina, o eio fica perigoso devido à possibilidade de desorientação.
É conhecida também como Cachoeira dos Leite (isso mesmo, no singular, porque é nome de família, embora seja usado compreensivelmente também no plural). O mesmo nome do povoado rural pertencente a São Roque de Minas e de onde se tem uma bela vista da cachoeira. Fica a 25 km de São Roque de Minas via Estrada do Cerradão/Beira da Serra. Antonio Ricardo é um dos mais antigos e populares fazendeiros da região. A cachoeira, na verdade, são várias. A seqüência termina num cânion de imensas paredes de rocha que lembra um pouco o da Casca D’Anta. O o à cachoeira principal exige uma caminhada pesada, de aproximadamente 2 horas que deve ser feita sempre em companhia de um guia local. Um eio mais leve é a trilha pela margem do rio (e em alguns pontos dentro dele) até a queda d’água menor, na saída do cânion. No caminho, há um desmoronamento gigantesco de rochas que chega a formar pequenas grutas e encobrir uma parte do rio. Lugar muito perigoso em dias chuvosos, com travessia de rio e possibilidades de desorientação.
Situada em terras também pertencentes ao sr. Antonio Ricardo, o nome faz referência ao espetáculo proporcionado pela cachoeira: delicada devido ao pequeno volume d’água e alta (cerca de 150 metros), ela é movida pelo vento, mudando de forma o tempo todo.
Além disso, varia de uma a 3 ramas dependendo da época do ano e do volume d’água. Tem boas piscinas para banho. Trilha difícil, pouco utilizada, de cerca de 4 horas (ida e volta). Deve ser feita somente na companhia de um experiente guia local.
A 30 km de São Roque de Minas está a cachoeira cujo nome também remete ao tempo dos quilombos. É formada pelo córrego de mesmo nome que nasce no Parque Nacional. Tem mais de 100 metros de altura, 3 lances e várias piscinas naturais. Trilha pouco utilizada, em área particular e que deve ser feita somente em companhia de um guia experiente.
Também conhecida como Cachoeira do Rolinho ou Rolim, é a mais alta da Canastra, com cerca de 300 metros. Fica a 40 km de São Roque de Minas e a estrada só deve ser percorrida por veículos 4 x 4.
De longe já se tem uma vista espetacular, principalmente no verão. Para chegar embaixo é preciso enfrentar uma trilha pouco utilizada de aproximadamente 2 horas. A queda se divide em várias outras na descida do paredão e há boas piscinas, tudo porém de difícil o. É imprescindível fazer o eio na companhia de um guia local experiente.
O nome vem da ave com alteração do gênero: Rolinha, pequena rola, substantivo feminino. Mas a origem tem uma história mais complexa: a cachoeira teria sido batizada quando um boi carreiro morreu arrastado pelas águas. O boi se chamava “Rolim”, uma corruptela de Rolinho.
Localizada a 52 km de São Roque de Minas, a Cachoeira do Fundão destaca-se pela beleza do conjunto. As águas límpidas do rio Santo Antônio despencam de uma altura de 80 metros diretamente numa piscina natural de forma arredondada, que recebe sol praticamente o dia todo.
Para chegar à cachoeira do Fundão é preciso percorrer boa parte do Parque Nacional pela estrada principal (Portaria 1). O percurso todo tem conservação precária, especialmente os últimos 10 km, e só deve ser feito em veículos 4 x 4, preferencialmente acompanhado de guia profissional.
Depois de estacionar o carro, tem uma trilha de cerca de 1.500 metros com a travessia de um pequeno riacho e uma “escalaminhada” nas pedras da margem direita do rio.
Na paisagem, pelo caminho de grandes vistas panorâmicas, é possível avistar animais típicos da serra, como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o veado-campeiro.
Depois da Casca D’Anta, é a mais importante atração no chamado paredão sul da Canastra. Fica numa região de antigos garimpos, aos quais remete o próprio nome do rio e da cachoeira. São mais de 100 metros de queda em rampa, com boas piscinas e duchas no final. o difícil e trilha que exige de 2 a 3 horas de caminhada. Exige travessia do rio e agem por outros trechos perigosos, principalmente no verão. Imprescindível a companhia de guia local experiente.
A maior e mais conhecida gruta da Canastra fica numa fazenda a 18 km de São Roque de Minas, próximo ao distrito de Sobradinho. Tem belas formações de estalactites e estalagmites, rio subterrâneo e pequena cachoeira. São quase 2 horas de visita, com trechos difíceis onde a pessoa precisa rastejar ou ficar com água até a altura do peito. Pode ser perigosa no verão, devido às chuvas que podem elevar repentinamente o nível do rio. As visitas são monitoradas pela própria família do proprietário, sr. Miguel, que aluga até lanternas. É recomendável estar acompanhado também de um guia local contratado em São Roque de Minas. Como equipamento de segurança, exija no mínimo capacete e lanternas reservas.
O vilarejo histórico de Desemboque pertence a Sacramento e fica no extremo oeste da Serra da Canastra, próximo à portaria 3 do Parque Nacional. É a povoação mais antiga da região e marco de toda a colonização do Brasil central. Fundado em 1743, foi sede de comarca e chegou a ter cerca de 1.500 habitantes no auge do garimpo de ouro. Fica às margens do rio das Velhas (nome dado à fase inicial do Araguari), um dos rios da Bacia do Paraná que nascem na Serra da Canastra. Da época da fundação restam duas igrejas bem conservadas onde se reuniam a classe dominante e os escravos. A construção mais imponente e de maior valor histórico é a Matriz de Nossa Senhora do Desterro do Desemboque, iniciada justamente em 1743.
Atualmente, o povoado tem pouco mais de 20 casas e 100 moradores. O lugar é famoso também por ser a terra natal do ator Lima Duarte.
A classificação por graus de interesse baseia-se exclusivamente em critérios da Tamanduá Ecoturismo.
A lista de atrações acima não tem a pretensão de ser um levantamento completo das atrações da Canastra, uma região imensa e ainda pouco conhecida. Limitamo-nos a relacionar lugares abertos à visitação sobre os quais temos informações seguras e para onde o o é possível pelo menos com veículos 4×4. Em todos os casos, principalmente naqueles não mencionados aqui, é recomendável a contratação de um guia local para maior segurança e conforto do turista.
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A área da cachoeira do Cerradão, em São Roque de Minas, foi transformada em RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural em agosto de 2001 por ato do Ibama – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis. É a primeira reserva do gênero na região da serra que se encontra aberta ao ecoturismo, com atividades de caminhada educação ambiental.
O imóvel, de 91 hectares dos quais 60 constituem a RPPN, tem uma portaria com serviços de recepção, espera e sanitários. As trilhas que levam à cachoeira têm sinalização interpretativa – plaquinhas de madeira identificam as principais espécies da flora. A visita pode ser feita todos os dias da semana das 8 às 17 horas (9 às 18 horas no horário de verão).
A cachoeira do Cerradão é uma das mais altas da serra: são 200 metros em 3 lances. A área tem nascentes, cerrado, campos e mata ciliar bastante preservados.
As visitas são controladas. Os carros ficam do lado de fora, é proibido entrar com bebidas alcoólicas, churrasqueiras e material de pesca .
Crédito: Mauro Junior
A RPPN Cachoeira do Cerradão é pioneira em estrutura para a prática de observação de aves na Serra da Canastra.
Clique na imagem para mais informações ou aqui
REGULAMENTO
A Reserva Natural da Cachoeira do Cerradão é uma RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural, criada pelo Ibama através da portaria número 92/01, de 16/08/2001. O imóvel é localizado abaixo da cachoeira do Cerradão, no lado oriental do córrego do Cerradão ou Grande. De acordo com a lei, a Reserva tem caráter perpétuo e se destina à preservação da paisagem, flora e fauna e é utilizada para atividades de ecoturismo e educação ambiental monitoradas pelo ICMBio e controladas de acordo com o seguinte regulamento.
01 – o e istração
O o à Reserva Natural da Cachoeira do Cerradão é permitido a qualquer interessado, mediante o pagamento de uma taxa de ingresso e o recebimento de orientação específica na recepção. Preferencialmente, a visita deverá ser monitorada por um guia local credenciado pela a, a Tamanduá Ecoturismo.
02 – Guias
O guia local poderá ser livremente escolhido e contratado pelo visitante. Caso solicite e havendo disponibilidade, o visitante poderá ser acompanhado em toda a visita por um guia da própria reserva.
03 – Preços e Isenções
Os ingressos têm preços diferenciados de acordo com o perfil, a quantidade de pessoas ou o local de compra, conforme segue abaixo:
Descontos:
(descontos não cumulativos)
Isenções:
04 – Pagamento
O pagamento da taxa de ingresso poderá ser feito antecipadamente na sede da Tamanduá Ecoturismo, Av. Vicenti Picardi, nº94 – CEP: 37928-000 – Bela Vista – São Roque de Minas, que emitirá um recibo para apresentação na portaria da Reserva.
05 – Atividades de Esporte e Lazer
Além de caminhadas, serão itidas na reserva atividades de rapel e tirolesa, monitoradas pela istração e agendadas com antecedência de 24 horas na Tamanduá Ecoturismo mediante regulamento específico.
06 – Restrições
Os visitantes NÃO poderão ingressar na área da Reserva com:
É proibido:
Obs.: A coleta de plantas e animais será itida para fins de pesquisa científica, desde que prévia e formalmente aprovada conjuntamente pelo Ibama e pela istração.
08 – Horário de Visitas e Recepção
– De Segunda a Domingo: entrada de 9h00 às 15h00, e saída até às 17h00.
– Para entrada em horários especiais, é cobrado R$ 90,00.
09 – Lixo
A Reserva do Cerradão não tem serviços de coleta de lixo nas trilhas. Todo lixo produzido deverá ser entregue na portaria ou levado de volta pelo visitante.
10 – Situações imprevistas ou omissas neste regulamento serão resolvidas a critério da istração.
Uma forma de estimular e prestigiar os moradores mais próximos da reserva.
Quando: a partir de 01/08/2023
Preço por pessoa: R$ 25,00
Necessário:
Obs.:
LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DA RPPN DA CACHOEIRA DO CERRADÃO
São Roque de Minas, MG
Por Mitzi Brandão
Novembro de 1998
A trilha parte de uma área de campo cerrado, com árvores baixas, retorcidas, com baixa diversidade específica, com o estrato maior apresentando altura média entre 3 e 4 m. Ocorrem poucos indivíduos emergentes que ultraam esta altura, geralmente situados nas áreas mais aplainadas ou rebaixadas do terreno, onde há uma maior retenção de água.
O estrato arbustivo mostra-se ralo e pouco expressivo, sendo representado por espécies dos gêneros Chamaecrista, Erythroxylum, Stylosanthes, Bauhinia, Eupatorium, Baccharis,Vernonia, etc.. O estrato subarbustivo/herbáceo apresenta-se mais rico, recobrindo, praticamente, todo o solo local, tendo como gêneros mais freqüentes Eremanthus, Oxalis,Marcetia, Irlbachia, Microlicia, Cuphea, Vernonia, Eremanthus e gramíneas pertencentes aos gêneros Paspalum, Ctenium, Mesosetum, Aristida, Andropogon e Axonopus.
Descendo-se a encosta, o campo cerrado torna-se cada vez mais denso, transitando inicialmente para um cerrado e depois para uma mata ciliar estreita. Seguindo-se pela trilha, novamente alcança-se uma área de cerrado, uma pequena parcela de pasto sujo para, finalmente, chegar à mata ciliar do córrego Grande (ou Cerradão), no sopé da cachoeira do Cerradão.
A mata ciliar mostra porte variado (5 a 16 m de altura), com algumas árvores emergentes, apresentando três estratos bem distintos, poucas trepadeiras e epífitas, e um estrato herbáceo muito pouco significativo.
ESPÉCIES IDENTIFICADAS NA TRILHA PERCORRIDA:
Algumas espécies ainda não foram identificadas, sendo que no material coletado não se observa características do gênero. Neste sentido, a numeração dessas espécies deverá ser mantida no campo, e tão logo apresentem material florido, coletar para que se proceda a uma identificação segura. São elas: 16 (infalível); 34 (esquental); 49; 59; 89; 94 (rapadura ) e 101 (quebra–foice), a maioria delas da família MYRTACEAE.
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Caesalpinoideae
Hymenaea stigonocarpa Mart.
Nomes populares: jatobá, jatobá-do-campo, jatobá-do-cerrado.
Usos: o fruto do jatobá, além de poder ser consumido ao natural, pode ter a sua polpa (após secagem e ada em peneira) utilizada na confecção de bolos e bolachas, substituindo, em parte, a farinha de trigo. As suas cascas em infusão são utilizadas no combate de febres; a resina fervida é utilizada no tratamento de cistites.
Família: BIGNONIACEAE
Zeyhera digitallis (Vell.) Hoehne
Nomes populares: bolsa-de-carneiro, bolsa-de-pastor
Usos: procurada por psitacídios que se alimentam de suas sementes. Suas cascas são utilizadas como depurativas e suas raízes (banhos) no tratamento de moléstias da pele.
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Faboideae
Bowdichia virgilioides H.B.K
Nomes populares: sucupira, sucupira-preta
Usos: madeira de lei usada em marcenaria de modo geral, muito procurada por abelhas. As favas são utilizadas para tratar gripes e as raízes para diabetes.
Família: RUBIACEAE
Sabicea brasiliensis Werhn.
Nomes populares: peidoreira, sangue-de-cristo
Usos: frutinhos comestíveis
Família: MYRTACEAE
Myrcia sp
Nomes populares: folha-miúda, maria-preta
Usos: frutinhos para pássaros
Família: MELASTOMATACEAE
Miconia albicans (Sw.)Triana
Nome popular: mexerica
Usos: frutinhos para pássaros
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Mimosoideae
Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville
Nomes populares: barbatimão, casca-de-virgem
Usos: cascas para curtume. As cascas também têm propriedades como adstringente, sendo usadas após cozimento para lavar feridas e úlceras .
Família: MELASTOMATACEAE
Tibouchina candolleana Cogn.
Nome popular: quaresmeira
Usos: ornamental
Família: MELASTOMATACEAE
Miconia macrothyrsa Benth
Nome popular: maria-preta
Usos: não conhecido
Família: MELASTOMATACEAE
Miconia paniculata Naud
Nomes populares: maria-pretinha
Usos: não conhecido
Família: ANNONACEAE
Xylopia aromatica (Lam.) Mart.
Nome popular: pimenta-de-macaco
Usos: frutos utilizados como condimento para temperar carnes, sendo também carminativos (gases).
Família: DILLENIACEAE
Curatella americana L
Nome popular: lixeira
Usos: as suas folhas são utizadas como lixas no polimento de trabalhos em madeira. As cascas são utlizadas na medicina popular, em infusão, para lavar feridas e úlceras.
Família: EBENACEAE
Dyospyros brasiliensis Mart.
Nome popular: goiabeira-brava ,caqui-bravo
Uso: não conhecido.
Família: MYRTACEAE
Campomanesia guazumaefolia (Camb.) Berg.
Nomes populares: sete-cascas, sete-capotes.
Usos: frutos comestíveis; folhas antidiarréicas.
Família: MALPIGHIACEAE
Byrsonima verbascifolia Juss.
Nome popular: murici.
Usos: frutinhos comestíveis e utilizados para aromatizar a cachaça. Cascas antidiarréicas.
Família: ???
Nomes populares: infalível
Usos: medicinal (segundo o mateiro José Mário)
Família: RUBIACEAE
Rudgea virbunioides (Cham.)Benth.
Nomes populares: congonha-de-bugre, cotó-cotó
Usos: tratamento de reumatismo (cascas)
Família: BURSERACEAE
Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand
Nomes populares: amescla, mangueirinha
Usos: para aromatizar o sabão de pedra feito nas fazendas. As cascas são usadas em infusão para lavar feridas e úlceras e a resina, sob a forma de infusão, no tratamento de tosses e dores no pulmão.
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Caesalpinoideae
Acosmium dasycarpon (Vog.)Yak.
Nomes populares: chapadinha
Usos: cercas não permanentes. Na medicina popular é utilizada no tratamento das dismenorréias (menstruações abundantes ).
Família: ANNONACEAE
Duguetia furfuracea (St. Hil.) Benth. et Hook
Nomes populares: araticum-abelha, araticum-seco ,jaca-seca
Usos: as raízes são ulilizadas sob a forma de chás no tratamento de dores do estomago; a água das sementes, após fervidas, é usada para o controle de piolhos.
Família: MYRTACEAE
Psidium sp.
Nomes populares: pitanguinha
Usos: fruto comestível
Família: VOCHYSIACEAE
Qualea grandiflora Mart.
Nomes populares: pau-terra, pau-ferro
Usos: madeira para obras internas. A entrecasca é utilizada, sob a forma de infusão, na limpeza de feridas e úlceras.
Família: ASTERACEAE
Gochnatia polymorpha Less.
Nome popular: veludo-branco
Uso: não conhecido
Família: SOLANACEAE
Solanum lycocarpum St. Hil.
Nomes populares: lobeira, fruta-de-lobo
Usos: o polvilho extraído de seus frutos (após moagem,lavagem e secagem) é utilizado no tratamento da diabetes.
Família: ASTERACEAE
Eremanthus matogrossensis
Nome popular: candeia-do-campo
Usos: não conhecido
Família: MYRTACEAE
Myrcia sp
Nome popular: desconhecido
Usos: frutinhos apreciados por pássaros.
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Faboideae
Dalbergia violacea (Vog.) Malme.
Nome popular: caviúna
Usos: madeira de lei. As flores são apreciadas pelas abelhas(melíferas). As cascas são utIlizadas em curtume.
Família: ASTERACEAE
Baccharis dracunculifolia D.C.
Nome popular: alecrim
Usos: planta melífera e medicinal (as flores são usadas (Chá) para resfriados
Família: MELASTOMATACEAE
Miconia stelegira Cogn.
Nome popular: maria-preta
Uso: frutinhos para pássaros
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Caesalpinoideae
Bauhinia rufa Steud.
Nomes populares: unha-de-boi, mororó(planta forrageira ).
Usos: forrageira.
Família: ANNONACEAE
Annona crassiflora Mart.
Nome popular: cabeça-de-nego araticum,marolo,ponhã.
Usos: fruta saborosa ao natural, podendo ser usada para Fabricar licores e doces. Sementes antidiarréicas.
Família: MELASTOMATACEAE
Miconia cinerascens Miq.
Nome popular: casca-de-arroz
Usos: frutinhos para pássaros
Família: MYRISTICACEAE
Virola sebifera Aublet.
Nomes populares: pindaíba, bicuíba
Usos: madeira para cercas rústicas .Folhas usadas como diuréticas.
Família: ????
Nome popular: esquental
Uso: afrodisíaco (segundo o mateiro José Mario)
Família: PROTEACEAE
Roupala montana Aubl.
Nomes populares: carne-de-vaca
Usos: madeira para obras rústicas. As cascas, sob a forma de infusão, são utilizadas para limpeza de feridas e úlceras.
Família: BIGNONIACEAE
Tabebuia vellosoi Tol.
Nome popular: ipê-amarelo
Usos: madeira de lei. As cascas e flores são apreciadas por veados. Ornamental.
Família: VOCHYSIACEAE
Vochysia tucanorum Mart.
Nomes populares: vinhático, pau-de-tucano
Uso: a goma exsudada nos troncos e galhos é apreciada pelos macacos.
Família: BIGNONIACEAE
Tabebuia serratifolia (Vahl.) Nichols
Nomes populares: ipê-da-folha-denteada, ipê-da-mata
Usos: madeira de lei. A entrecasca é utilizada como diurética. Ornamental.
Família: BOMBACACEAE
Subfamília:
Pseudobombax longiflorum (Cav.) Robyns
Nome popular: paineira
Usos: madeira para caixotaria. As painas são utilizadas para encher travesseiros. Ornamental.
Família: HIPPOCRATEACEAE
Sallacia elliptica (Mart.) G. Don.
Nome popular: bacupari
Uso: frutos comestíveis
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Caesalpinoideae
SCLEROLOBIUM PANICULATUM Benth.
Nome popular: angazeiro
Usos: madeira para caixotaria
Família: LYTHRACEAE
Lafoensia glyptocarpa Koehne
Nome popular: dedaleiro
Usos: ornamental. Cascas usadas no tratamento de varizes.
Família: LOGANIACEAE
Strychnos brasiliensis (Spreng ) Mart.
Nome popular: quineira
Usos: antifebrífuga(cascas).
Família: ARECACEAE
Syagrus romanzoffianum (Cham.) Glassm.
Nome popular: coco baboso,coco -catarro
Usos: frutos comestíveis, muito apreciados por pássaros, servindo ainda para a Fabricação de licores.
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Faboideae
Machaerium acutifolium Vog.
Nome popular: jacarandá
Usos: madeira de lei, sevindo para a Fabricação de móveis,peças artesanais.
Família: RUTACEAE
Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Nome popular: mamica-de-porca
Usos: madeira usada para caixotaria e cascas em curtume. Como medicinal de uso popular tem suas cascas empregadas, sob a forma de infusão, para dores no estômago.
Família: TILIACEAE
Luehea grandiflora Mart. et Zucc.
Nome popular: açoita-cavalo
Uso: madeira usada para coronhas de armas, cabos de ferramentas
Família: LYTHRACEAE
Lafoensia pacari St.Hil.
Nome popular: pacari
Usos: a casca é utilizada no tratamento de varizes; as folhas são diaforéticas (provocam o aparecimento do suor).
Família: ????
Nome popular: desconhecido
Usos: ???
Família: RUBIACEAE
Bathysa australis Hook.
Nome popular: folha-grande
Usos: hipotensora (usada para abaixar a pressão arterial)
Família: LAURACEAE
Cryptocarya archersoniana Mez.
Nome popular: canela-de-velha
Uso: madeira de lei , própria para obaras internas
Família: MORACEAE
Ficus insipida Willd.
Nomes populares: gameleira, figueira
Usos: utilizada na Faboideaericação de gamelas e colheres.
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Faboideae
Pterogyne nitens Tul.
Nome popular: jacarandazinho, madeira-nova
Usos: obras internas, marcenaria em geral
Família: MYRTACEAE
Psidium guajava L.
Nome popular: goiabeira
Usos: frutos comestíveis e utilizados na confecção de doces, geléias e licores. Folhas novas tidas como antidiarréicas.
Família: MYRTACEAE
Eugenia sp
Nome popular: cambuí
Uso: frutos comestíveis.
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Mimosoideae
Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong.
Nome popular: tamboril
Usos: confecção de gamelas. As favas são abortivas para o gado.
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Faboideae
Machaerium angustifolium Vog
Nome popular: jacarandá-de-espinho
Usos: obras de entalhe; as cascas são utilizadas para curtume.
Família: MELIACEAE
Guarea sp
Nome popular: guaribeia
Usos:
Família: MYRTACEAE
Nome popular: catiguá de leite
Usos: desconhecido
Família: COMBRETACEAE
Terminalia brasiliensis Camb.
Nome popular: maria-preta
Usos: planta melífera; a madeira é utilizada para obras internas.
Família: STERCULIACEAE
Helicteres sacarolha St. Hil.
Nome popular: sacarolha
Usos: ornamental. Folhas usadas como antidiarréicas.
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Faboideae
Platycyanus regnelli Benth.
Nome popular: pau-pereiro
Usos: madeira de lei, marcenaria em geral e obras internas.
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Mimosoideae
Acacia polyphylla D.C.
Nome popular: monjoleiro
Usos: madeira para caixotaria ,obras transitórias.
Família: BIGNONIACEAE
Jacaranda puberula Cham.
Nome popular: caroba
Usos: as cascas são utilizadas como depurativas do sangue
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Caesalpinoideae
Hymenaea courbaril var. stilbocarpa
Nome popular: jatobá-da-mata
Usos: madeira de lei. Os frutos podem ser consumidoS ao natural, e podem ter a sua polpa (após secagem e ada em peneira) utilizada na confecção de bolos e bolachas, substituindo, em parte, a farinha de trigo. As suas cascas em infusão são utilizadas no combate de febres; a resina fervida é utilizada no tratamento de cistites.
Família: MORACEAE
Ficus sp
Nomes populares: gameleira, figueira.
Usos: confecção de gamelas, colheres e moldes para sapatos
Família: ARALIACEAE
Dendropanax cuneatum
Nome popular: falsa paineira
Usos: caixotaria
Família: CLUSIACEAE
Callophyllum brasiliensis Camb.
Nome popular: jacareúba
Usos: canoas, obras internas, assoalhos,etc .O chá feito com suas raizes é utilizado para banhos, em caso de hemorróidas.
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Mimosoideae
Inga marginata Wiild.
Nome popular: ingá feijão
Usos: fruta para arinhos
Família: MORACEAE
Maclura tinctoria (L.) D.Don. ex Steud.
Nome popular: moreira ,tatajuba,amarelinho
Usos: madeira para obras hidraúlicas, como rodas de engenhos, monjolos,etc.
Família: SOLANACEAE
Solanum cernuum St. Hil.
Nome popular: panacéia
Usos: planta medicinal para males do estômago.
Família: MELIACEAE
Cedrela fissilis Vell.
Nome popular: cedro
Usos: madeira de lei ,móveis, tacos, assoalhos, portas, janelas.
Família: LECYTHIDACEAE
Cariniana estrellensis (Raddi )Kuntze
Nome popular: jequitibá-branco
Usos: madeira de lei, própria para móveis, obras internas e marcenaria em geral.
Família: ARECACEAE (PALMAE)
Euterpe edulis Mart.
Nome popular: palmito
Usos: broto comestível
Família: VERBENACEAE
Aegiphilla sellowiana Cham.
Nome popular: pão-de-ló ,fruta de papagaio
Usos: frutos apreciados por psitacídios
Família: EUPHORBIACEAE
Croton piptocalyx Muell. Arg.
Nome popular: sangria-d’água
Usos: madeira para caixotaria.
Família: ASTERACEAE
Vernonia polyanthes Less.
Nome popular: assa-peixe
Usos: as flores, além de serem melíferas, são utilizadas em xaropes para tosse.
Família: BIGNONIACEAE
Pyrostegia venusta Miers.
Nome popular: cipó-de-são-joão
Usos: ornamental, iniciando a sua floração no mês de junho, daí o seu nome.
Família: MYRSINACEAE
Rapanea guianensis Aubl.
Nomes populares: poroca, caporoca
Usos: planta melífera; as cascas são utilizadas para curtume.
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Caesalpinoideae
Peltophorum dubium (Spreng.)Taub.
Nome popular: canjica , cambuí, farinha seca
Usos: empregada em paisagismo; produz muitas sementes e apresenta fácil germinação.
Família: COMBRETACEAE
Terminalia argentea Mart. et Zucc.
Nome popular: capitão
Usos: empregada na construção civil, servindo para caibros, ripas, taboados, etc.
Família: LAURACEAE
Cryptocarya archersoniana Mez.
Nome popular: canela-batalha
Usos: madeira de lei, empregada em obras internas, vigas, caibros, táboas,etc.
Família: MELIACEAE
Guarea guidonea (L.)Sleumer
Nome popular: marinheiro
Usos: construção civil e naval, carpintaria em geral.
Família: MONIMIACEAE
Siparuna guianensis Aubl.
Nome popular: negamina
Usos: em indústria de cosméticos (perfumaria).
Família: LEGUMINOSAE
Subfamília: Faboideae
Ormosia arborea (Vell.) Harms.
Nome popular: olho-de-cabra, tento
Usos: os frutos são utilizados para contar os pontos em jogos de baralho ou marcar as cartelas no jogo de víspora.
Família: CECROPIACEAE
Cecropia pachystachia Tréc.
Nomes populares: embaúba, umbaúba
Usos: os brotos são utilizados para o controle da pressão arterial.
Família: MORACEAE
Brosimum gaudichaudii Tréc.
Nome popular: mama-cadela
Usos: no tratamento do vitiligo (despigmentação da pele).
Família: PROTEACEAE
Roupala heterophylla Pohl.
Nome popular: carne-de-vaca
Usos: madeira para obras transitórias. As cascas, após cozidas, são utilizadas para lavar feridas e úlceras.
Família: ???
Nome popular: aperta-mão
Usos: ???
Família: EUPHOBIACEAE
Hieronima sp
Nome popular: frieira
Usos: no tratamento de moléstia de pele (banhos).
Família: LECYTHIDACEAE
Cariniana legalis (Mart.)Kuntze.
Nome popular: jequitibá-rosa
Usos: madeira de lei usada na confecção de móveis, portas, j anelas e venezianas.
Família: BIGNONIACEAE
Tabebuia roseo-alba (Rich.) Cham.
Nome popular: ipê-branco
Usos: madeira de lei, própria para obras externas, dormentes e tacos. As flores são apreciadas por veados.
Família: BIGNONIACEAE
Tabebuia avellanedae Lor. ex Griseb.
Nome popular: ipê-rosa
Usos: madeira de lei, própria para obras externas, moirões, pontes e dormentes.
Família: ???
Nome popular: rapadura
Usos:
Família: GLEICHENIACEAE
Gleichenia bifida (W.) Spr.
Nome popular: rabo-de-cão
Uso: arranjos florais
Família: DILLENIACEAE
Davilla rugosa St. Hil.
Nome popular: cuitezinho, cipó-caboclo
Usos: em banhos, no tratamento das orchites e inflamação da bexiga
Família: BIGNONIACEAE
Tabebuia ochracea (Cham.) Standl.
Nome popular: ipê-cascudo, ipê-do-cerrado
Usos: madeira para pequenas peças e torneados.
Família: MYRTACEAE
Psidium sp
Nome popular: araçá
Uso: frutos comestíveis
Família: LYTHRACEAE
Diplusodon virgatus Pohl.
Nome popular: cai-cai
Usos: não conhecido
Família: MALPIGHIACEAE
Byrsonima intermedia Juss.
Nome popular: murici-miúdo
Usos: frutos comestíveis, servindo para aromatizar a cachaça. As cascas são antidiarréicas.
Família: ???
Nome popular: quebra-foice
Uso: desconhecido. A madeira é extremamente dura, daí o seu nome.
Clique na imagem abaixo e conheça um pouco da história da RPPN desde a sua criação.
Íntegra do livro digital das RPPNs brasileiras. RPPN Cachoeira do Cerradão está nas páginas 47 a 50.
Clique na imagem para baixar o PDF ou aqui
Desde março de 2020, a Tamanduá Ecoturismo está filiada à Aprocan – Associação dos Produtores de Queijo Canastra na categoria Parceiro Guardião.
Isso significa que a empresa participa e apoia a produção do queijo artesanal que é um dos símbolos da nossa região e item principal da nossa gastronomia.
A Tamanduá Ecoturismo também está credenciada a revender o queijo dos produtores membros da entidade. São dois pontos de venda: cafeteria Canastra Velha, ao lado da sede da Tamanduá, e recepção da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) da Cachoeira do Cerradão. O produto também pode ser despachado pelos Correios.
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Os animais são uma das maiores atrações da Serra da Canastra, especialmente na área do Parque Nacional. A fauna típica da região reúne várias espécies ameaçadas de extinção, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará e o veado-campeiro, que podem ser vistos com relativa facilidade.
Outros bichos também ameaçados que, havendo um pouco de sorte, os turistas podem ver, são a lontra, o macaco sauá e as três maiores e mais fascinantes raridades: o tatu-canastra, o pato-mergulhão e a onça parda.
As áreas de campos e cerrados da Canastra exibem também o cachorro-do-mato, a seriema, a ema, o gavião carcará e o magnífico gavião-caboclo. Nas matas ciliares e nas fazendas, o show é do mico-estrela, dos quatis, do bonito e imponente urubu-rei, do jacu, do tucano-açu e do canário-da-terra.
A regra número um para ver os bichos é ser atento e silencioso. Ou seja, quem estiver a pé, a cavalo ou de bicicleta terá mais chances do que quem estiver de carro. Outra regra é dar preferência ao eio no começo ou no final do dia. Por fim, há os locais estratégicos, pontos com registros de avistagem que só alguns guias e os visitantes mais experientes sabem identificar.
A maioria dos animais foge quando percebe a nossa presença. Alguns são dóceis e curiosos, permitindo uma aproximação. Nesse caso, o turista deve ficar calmo, não fazer barulho nem movimentos bruscos e não perseguir os animais. A recompensa pode ser aquela tão esperada pose para uma bela foto.
A Serra da Canastra está na região do cerrado mineiro, mas apresenta uma vegetação bem mais variada, que inclui campos, campos rupestres e florestas. O cerrado brasileiro é caracterizado por árvores de pequeno e médio porte, de cascas grossas e galhos retorcidos, bem adaptadas ao solo pobre e resistentes à seca e ao fogo.
A aparência despojada esconde uma biodiversidade impressionante.
São mais de 6 mil espécies vegetais, mais de oitocentas espécies de aves e quase duzentas espécies de mamíferos, números superiores, por exemplo, aos do Pantanal. Na Serra da Canastra, porém, o cerrado ocupa uma parte inferior à dos campos e campos rupestres (ou de altitude, localizados em áreas com altitude superior a 900 metros).
Nesses campos, a ausência de vegetação de grande porte e os contrastes do relevo formam imensas vistas panorâmicas, onde a paisagem exibe, no detalhe, imensos canteiros de flores. Nas áreas mais baixas e úmidas, formam-se os capões (matas) de formas arredondadas, com exuberante vegetação atlântica.
Todo o chapadão da serra onde está o Parque Nacional alterna essas áreas de campos e campos rupestres, com variações intermediárias que os especialistas chamam de campo cerrado, campo sujo e campo limpo. Além disso, há pequenos trechos de floresta e cerrado típico. Em toda essa área, um grupo de especialistas da Universidade Federal de Uberlândia já conseguiu identificar 540 espécies de plantas em apenas 4 anos de pesquisas.
Pato-mergulhão,a raridade que a Canastra protege
Entre as 10 espécies de aves aquáticas mais ameaçadas de extinção no Brasil, de acordo com a União Mundial para a Natureza – UCN, o pato-mergulhão tem despertado o interesse de muitos pesquisadores. Rara, a espécie é encontrada em poucos locais do centro-sul do Brasil e em partes do Paraguai e Argentina. Entretanto, é a região da Serra da Canastra que abriga a maior população desse animal. A estimativa é de mais de quarenta casais.
“Como trata-se de uma espécie criticamente ameaçado de extinção e pouco conhecida, todos tem o interesse em estudar para conhecer melhor essa ave”, afirma Renata Dornelas de Andrade, bióloga e coordenadora do trabalho de campo do Programa Pato- mergulhão, pertencente à ONG Instituto Terra Brasilis. Os casais de pato-mergulhão foram avistados em áreas dos municípios de São Roque de Minas, Delfinópolis, São João Batista do Glória, Capitólio, Sacramento e Vargem Bonita.
Conforme os estudos, a média é de oito filhotes de pato por casal. A família convive junto por um período de mais ou menos seis meses em cada território, que varia de cinco a oito km quadrados. Na estimativa foram considerados somente os casais adultos, com território formado, pois os filhotes, quando se tornam adultos, abandonam os pais em busca de novos espaços. Por não ser possível afirmar se todos os filhotes vão sobreviver, os descendentes não entraram na contagem.
Balanço
A pesquisa coordenada pelo Terra Brasilis tem resultados excelentes do ponto de vista científico. A começar pela descoberta de um ninho da espécie, em 2002. Um evento raro. Antes disso, só se sabia de um ninho encontrado na Argentina.
Os pesquisadores observaram que o pato-mergulhão pode voar a uma altura superior a 20 metros. Até então se acreditava que a ave só voava baixo e rente à superfície da água. Outra observação importante foi o comportamento da espécie na divisa de dois territórios. Os pesquisadores presenciaram duas famílias defendendo o espaço. Algo até então sem registro.
“Quanto mais se conhece sobre determinada espécie mais se pode promover medidas de conservação da espécie”, ressalta a bióloga Renata Dornelas.
Como vive o pato-mergulhão
Mergus octosetaceus é o nome científico do pato-mergulhão, que tem como características marcantes o bico fino e longo, penacho na cabeça e pés vermelhos. A ave é extremamente vive em rios ou riachos de águas limpas e claras, com corredeiras, margeados com vegetação. A espécie mergulha para conseguir seu alimento – peixes, principalmente o lambari, e outros pequenos animais.
Na cadeia alimentar, o pato mergulhão adulto pode ser presa do gavião e falconídeos de maior porte. Ainda no ovo, a espécie normalmente é ameaçada também pela lontra.
O pato-mergulhão pode ser visto descansando nas pedras que ficam no meio da correnteza e nas prainhas de areia dos rios e córregos da região. Se o ambiente se modificr, os patos-mergulhões podem abandonar a área que ocupavam. Como esta espécie é exigente com relação ao local onde vive, abandonar uma área pode significar não encontrar outra adequada e morrer. Afinal, áreas bem conservadas estão ficando cada vez mais raras.
Uma curiosidade dessa ave é que, ao sair do ninho, os filhotes nadam acompanhando os pais por um período aproximado de seis meses. Diferente dos pais, os filhotes têm penas pretas com manchas brancas. É comum as pessoas confundirem a ave com várias espécies semelhantes, principalmente com o biguá e o pato-do-mato.
Educação ambiental
O Terra Brasilis desenvolve atualmente a campanha “Procura-se Vivo”, que inclui folhetos e calendários educativos com informações sobre o pato-mergulhão e uma ficha destacável para as pessoas que viram o pato preencher e depositar nas urnas coletoras, espalhadas nas cidades da região.
“Esse trabalhado ajudou bastante o monitoramento da espécie, uma vez que houve um retorno de mais de 170 relatos escritos, além de outros 182 apenas verbais”, afirma Flávia Ribeiro, bióloga, que coordena o Centro de Informação ‘Pato Aqui, Água Acolá’. Desde 2007, o Centro oferece à comunidade e visitantes palestras, exposições, oficinas, cursos, concursos, filmes, jogos didáticos, dentre outras atividades com caráter sócio-ambiental. Todos os meses uma nova programação é divulgada na cidade.
Como tudo começou
Desde 2001 o Instituto Terra Brasilis desenvolve atividades no Alto São Francisco, uma região estratégica para o país, do ponto de vista de manejo de recursos hídricos, de extrema importância nos contextos sociais, econômicos e ambiental brasileiros.
O Instituto iniciou as pesquisas na região durante trabalho de revisão do Plano de Manejo do Parque (PNSC), através de uma prestação de serviços para o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). No inicio havia apenas o registro de seis casais do pato na região.
Antes, na década de 80, foram realizadas as primeiras observações científicas da espécie na região pelo alemão Wolf Bartmann. Posteriormente outros pesquisadores fizeram trabalhos sobre a espécie, como Luis Fabio Silveira e Sávio Freire Bruno.
A atuação do Instituto abrange concepção, gestão, coordenação, promoção ou patrocínio de atividades de conservação dos recursos naturais e desenvolvimento sócio-ambiental. Na Serra da Canastra, o objetivo maior é a conservação das águas da região, envolvendo as plantas, os peixes e outros animais, córregos, rios cachoeiras e nascentes.
Em São Roque de Minas são três pessoas que atuam no programa Pato-Mergulhão, com e do Instituto em Belo Horizonte: Renata Dornelas de Andrade, bióloga, coordenadora do trabalho de campo do programa Pato-mergulhão; Flávia Ribeiro, bióloga, que coordena o Centro de informação Pato Aqui, Água Acolá, prestadora de serviços da ONG (Instituto) Terra Brasilis; e Augusto Lima Neto, assistente de campo do Programa Pato-mergulhão e estudante de Biologia.
Para conhecer melhor o projeto e obter informações sobre o pato-mergulhão, o endereço do Centro de Informação “Pato Aqui, Água Acolá” é Av. Presidente Tancredo Neves, 131, centro, São Roque de Minas.
Telefone para contato: (37) 3433-1333. Os contatos eletrônicos são: [email protected] ou [email protected]
Textos: Fernando Silva
Leia mais sobre a flora da Canastra em Saint-Hilaire e RPPN da Cachoeira do Cerradão.
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Criado em 1972, o Parque Nacional da Serra da Canastra tem aproximadamente 93 mil hectares demarcados e parte do território de 6 municípios: São João Batista do Glória, São Roque de Minas, Vargem Bonita, Sacramento, Delfinópolis e Capitólio, no Sudoeste de Minas Gerais.
A área reúne basicamente dois maciços: a Serra da Canastra e a Serra das Sete Voltas, com o vale dos Cândidos no meio. As altitudes variam entre 900 e 1.496 (torre da Serra Brava) e a vegetação predominante são os campos rupestres, com manchas de cerrado e matas ciliares.
O relevo acidentado e a vegetação rasteira produzem uma paisagem única, com grandes vistas panorâmicas e muitas cachoeiras com altura acima dos 100 metros.
As características do relevo e da vegetação favorecem também a observação de animais selvagens, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará e o veado-campeiro (ver flora/fauna).
As temperaturas são amenas. A média fica em torno de 17 graus no inverno e 23 graus no verão. O índice pluviométrico anual varia entre 1.300 e 1.700 mm, com a maior parte das chuvas concentrada no período de dezembro a fevereiro.
O grande objetivo da criação do Parque Nacional da Serra da Canastra foi a proteção das nascentes do rio São Francisco, o curso d’água mais conhecido que brota no imenso chapadão em forma de baú ou canastra.
A Serra da Canastra é uma espécie de berçário de rios situado bem no divisor de duas bacias hidrográficas: a do rio Paraná e a do rio São Francisco. Da bacia do Paraná, um dos rios mais conhecidos que nascem no chapadão é o Araguari, também chamado de Rio das Velhas na parte inicial. Foi às margens dele que no século 18 surgiu o garimpo de ouro que deu origem à histórica vila de Desemboque, marco de toda a ocupação do Brasil Central.
Atualmente o parque tem uma área 197.971,96 hectares, mas apenas aproximadamente 93mil já estão regularizados. A área originalmente prevista para o Parque era de 200 mil hectares, como consta do Decreto número 70.355, de 3 de abril de 1972 (ver pdf abaixo) e incluía toda a região da Serra da Babilônia. A área foi reduzida devido ao custo das desapropriações, mas agora está sendo objeto de uma revisão que começou em 2001.
A implantação do Parque foi traumática para a região, porque a área desapropriada tinha dezenas de fazendas, uma delas praticamente em cima das nascentes do “velho Chico”. Os fazendeiros foram resistindo e protelando a saída até serem retirados à força pela Polícia Federal, dez anos mais tarde. Alguns fazendeiros discutem na justiça até hoje o valor das indenizações.
O Parque é istrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio, através do escritório mantido em São Roque de Minas, a cidade mais próxima (8 km) da portaria 1. Praticamente todos os funcionários são moradores de São Roque de Minas e Sacramento. Uma estrada de 60 km corta o Parque de fora a fora e vias secundárias dão o a algumas das principais atracões, como o Retiro de Pedras (área da primeira fazenda instalada na região), a parte alta da cachoeira dos Rolinhos, o cânion do rio São Francisco e a parte alta da Cachoeira Casca D’Anta.
Veja abaixo o regulamento do Parque Nacional da Serra da Canastra
É proibido na área do Parque Nacional:
Infrações:
Recomendações gerais:
Foram estudados 21 atrativos do Parque Nacional e em 18 foram encontrados focos de perigo de acidentes naturais que podem representar riscos aos visitantes.
O relatório não sugere a interdição dos atrativos, porém recomenda atenção às sinalizações e medidas de prevenção. Confira o relatório na íntegra: https://rigeo.rm.gov.br/handle/doc/22807
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“Enquanto tive diante dos meus olhos a Serra da Canastra, desfrutei de um panorama maravilhoso. À direita descortinava uma vasta extensão de campinas e à esquerda tinha a serra, do alto da qual jorravam quatro cascatas.”
Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) em “Viagem às nascentes do rio São Francisco”
A região da Serra da Canastra, no sudoeste de Minas Gerais, possui algumas das mais deslumbrantes e desconhecidas paisagens do Brasil. Durante muito tempo, esteve isolada por precárias estradas de terra e só há poucos anos entrou nos roteiros de viagem como lugar privilegiado para a prática de esportes radicais, vivência ambiental e turismo ecológico.
A região ecoturística da Serra da Canastra tem mais de 200 mil hectares e abrange 6 municípios: São Roque de Minas, Vargem Bonita, Sacramento, Delfinópolis, São João Batista do Glória e Capitólio. A maior atração é o Parque Nacional da Serra da Canastra, criado em 1972 para proteger as nascentes do rio São Francisco e tem a portaria principal a 8 km de São roque de Minas. Dentro do Parque Nacional estão alguns dos mais belos cartões postais do Brasil, como a cachoeira Casca D’Anta, de quase 200 metros, a primeira grande queda do “velho Chico”.
A região é o berço de muitos rios que ajudam a formar as bacias do São Francisco e do Paraná. Rios de uma infância ruidosa, cheia de corredeiras e cachoeiras que am dos 200 metros de altura.
A paisagem se alterna entre campos rupestres cheios de delicadas flores, cerrado típico e matas de galerias com exuberante vegetação atlântica. É nesse ambiente que vivem protegidas espécies de animais ameaçados de extinção, como o tamanduá-bandeira, o lobo-guará, o tatu-canastra e o pato mergulhão.
A vida rural mantém as velhas tradições da cultura da região, como a arquitetura do século 19, os muros de pedra sem cimento, o queijo canastra e o carro de boi.
Tudo forma um conjunto de rara beleza ainda preservado e fiel à descrição apaixonada do naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire.
O horário de entrada no Parque Nacional da Serra da Canastra é até as 16h00. Saída até as 18h00. Horários alternativos somente com prévia autorização da chefia do Parque;
O o ao Parque Nacional e demais atrações é por terra. As condições de tráfego podem ser precárias em época de chuva. Informe-se previamente.
Gerais
A bacia do São Francisco possui uma área de 640.000km² e o curso principal do Rio tem uma extensão de 2.700km entre as cabeceiras, na Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, no estado de Minas Gerais, e a foz, no Oceano Atlântico, entre os estados de Sergipe e Alagoas, onde se observa uma vazão média anual de 2.980m³/s, o que corresponde a uma descarga média anual da ordem de 94 bilhões de m³.
No Chapadão do Zagaia, onde nasce, a altitude é de 1428m. O Rio, então, segue a direção geral sul-norte até a confluência com o Urucuia, onde inicia um grande arco com direção norte-nordeste até a cidade de Cabrobó (PE), girando, então, para leste e logo depois, para sudeste, até a foz.
Afluentes
O rio São Francisco possui 36 afluentes de porte significativo, dos quais somente 19 são perenes. Os mais importantes são os da margem esquerda. Nela existem cinco rios com áreas de drenagem entre 18.000km² e 76.000km² e desníveis entre 100 e 400m.
Os principais afluentes do São Francisco são:
Margem esquerda: vazão e área da bacia | ||
---|---|---|
Paracatu | 436 m³/s | 46.000 km² |
Urucuia | 251 m³/s | 26.000 km² |
Carinhanha | 150 m³/s | 18.000 km² |
Corrente | 251 m³/s | 35.000 km² |
Grande | 262 m³/s | 76.000 km² |
Margem direita: vazão e área da bacia | ||
---|---|---|
Paraopeba | 115 m³/s | 12.500 km² |
Das Velhas | 292 m³/s | 29.000 km² |
Jequitaí | 46 m³/s | 8.830 km² |
Verde Grande | 19 m³/s | 35.000 km² |
Vazão
As autoridades só começaram a se preocupar com o rio São Francisco no primeiro ano em que a navegação fluvial foi interrompida em 1971.
Acredita-se que, no império, o rio descarregava 2.800m³/s. Por volta de 1910 a sua descarga era de cerca de 1.200m³/s a qual decaiu, contudo, para 800m³/s em 1933. Em 1971, a descarga estimada era de 500m³/s.
Vazões médias anuais observadas ao longo do rio, durante os últimos vinte anos são: |
|
---|---|
Barragem de Três Marias |
707 m³/s |
Pirapora |
768 m³/s |
São Romão |
1.520 m³/s |
São Francisco |
2.082 m³/s |
Barragem de Sobradinho |
2.800 m³/s |
Foz |
2.980 m³/s |
Na sua foz, as vazões médias são: |
|
---|---|
Anual Máxima |
5.244 m³/s |
Anual Média |
2.980 m³/s |
Anual Mínima |
1.768 m³/s |
Máximas Mensais (Março) |
13.743 m³/s |
Máximas Mensais (Outubro) |
644 m³/s |
Subdivisão
O rio São Francisco está dividido em 4 regiões fisiográficas desde a sua nascente na Serra da Canastra até a sua foz no Atlântico.
Alto São Francisco
Situado no estado de Minas Gerais, estende-se desde as cabeceiras, na Serra da Canastra, município de São Roque de Minas, até a cidade de Pirapora, abrangendo a Usina Hidrelétrica de Três Marias. É uma região de muitas chuvas respondendo por 3/4 do escoamento total do rio.
Altitude: 1.600 a 600m
Sub-bacias: Rio das Velhas, Pará, Indaiá, Abaeté e Jequitaí Vegetação: florestas e cerrados
Pluviosidade: 1.000 a 1.500mm/ano
Chuvas: verão de novembro a abril
Temperatura média: 23ºC com mínima de 0ºC em alguns pontos Evaporação: 2.300mm/ano
Clima: tropical úmido e um pouco de temperado
Principais cidades: Patos de Minas e região metropolitana de Belo Horizonte
Médio São Francisco
Compreende o trecho desde Pirapora até a cidade de Remanso (BA), situando-se nos Estados de Minas Gerais e Bahia.
Característica digna de nota é a margem esquerda do São Francisco, bem mais úmida, com rios permanentes e vegetação perenifólia. Na margem direita, a precipitação é menor, os rios são intermitentes e a vegetação é típica de caatinga.
A região ite a subdivisão em Médio Superior e Inferior, sendo que o primeiro abrange o trecho entre Pirapora e a fronteira com a Bahia, limitado pelos rios Carinhanha a oeste, e Verde Grande a leste. O Médio Superior tem características que mais se assemelham às do Alto que às do Médio propriamente dito.
Altitude: 2.000 a 500m
Sub-bacias: Pilão Arcado, Jacaré Paracatu, Urucuia, Carinhanha, Corrente, Grande, Verde Grande e Paramirim
Vegetação: cerrado e caatinga
Pluviosidade: 600 a 1.400mm
Chuvas: verão de novembro a abril
Temperatura média: 24ºC
Evaporação: 2.900mm
Clima: tropical semi-árida
Principais cidades: Montes Claros e Januária em Minas Gerais; Formosa em Goiás; Barreiras, Guanambi, Irecê e Bom Jesus da Lapa na Bahia; e Brasília no Distrito Federal.
Submédio São Francisco
Abrange áreas dos Estados da Bahia e Pernambuco, estende-se de Remanso até a cidade de Paulo Afonso – BA. É onde o rio atravessa a região mais seca de seu percurso.
Altitude: 800 a 200m
Sub-bacias: Pajeú, Tourão, Vargem e Moxotó
Vegetação: caatinga
Pluviosidade: 350 a 800mm
Chuvas: verão de novembro a abril
Temperatura média: 27ºC
Evaporação: 3.000mm
Clima: semi-árido
Principais cidades: Juazeiro e Paulo Afonso na Bahia; Petrolina, Ouricuri e Serra Talhada em Pernambuco
Baixo São Francisco
Estende-se de Paulo Afonso à foz, no Oceano Atlântico, compreendendo áreas dos Estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.
Nessa região ocorre uma nítida mudança na distribuição anual das chuvas, que nas proximidades do oceano se distribuem por todo o ano, embora mais concentradas no outono e inverno, enquanto que, no seu interior, os meses chuvosos são os de verão.
Altitude: 200m ao nível do mar
Sub-bacias: Ipanema e Capivara
Vegetação: caatinga no trecho mais alto e mata na região costeira
Pluviosidade: 800 a 1.300mm
Chuvas: inverno de março a setembro
Temperatura média: 25ºC
Evaporação: 2.300mm
Clima: tropical semi-úmido
Principais cidades: Jeremoabo na Bahia; Pesqueira e Bom Conselho em Pernambuco; Propriá e Nossa Senhora da Glória em Sergipe; Arapiraca e Penedo em Alagoas
Hidroelétricas
O rio São Francisco possui seis grandes hidroelétricas. A primeira fica ainda em Minas Gerais e as demais no Nordeste. Sua produção de energia ultraa os 8.800MW de geração.
Nome e Produção |
|
---|---|
Três Marias |
387,6MW |
Paulo Afonso |
2460MW |
Sobradinho |
1050MW |
Moxotó |
439,2MW |
Itaparica |
1500MW |
Xingó |
3000MW |
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Este livro é produto do projeto O lobo da Canastra, um programa de educação ambiental desenvolvido em conjunto com a comunidade do entorno do Parque Nacional da Serra da Canastra – MG. O projeto é financiando pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) e coordenado pelo Instituto Pró-Carnívoros em parceria com a Universidade de Brasília.
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